terça-feira, 1 de abril de 2014

"Saiba dizer NÃO"

"Saiba dizer NÃO"

Evento no Ceará reúne jovens no combate às drogas







No Brasil, os estragos causados pelo consumo de drogas podem ser vistos diariamente estampando as capas de jornais e como destaque nos noticiários. O aumento da violência associada ao aos vícios é constante em todas as partes do País, e no Ceará não é diferente.
Este ano, Fortaleza figurou na 7ª posição das 20 cidades mais violentas do mundo, ultrapassando a marca de 72 homicídios para cada 100 mil habitantes. Os dados são do relatório emitido pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, uma ONG do México que todos os anos elabora o ranking das cidades mais perigosas do mundo. Uma das fontes da pesquisa é oEscritório de Drogas e Crime das Nações Unidas.
Com o objetivo de ajudar os jovens cearenses a fazer boas escolhas na vida, o Força Jovem Universal (FJU) realizou, em 15 de março último, a segunda edição do evento “Saiba dizer NÃO”, na capital, Fortaleza. O movimento contra as drogas reuniu, no Ginásio Paulo Sarasate, cerca de 15 mil jovens, que vieram em caravanas de diversas partes do estado.
O evento contou com atrações musicais, apresentações de dança e com a peça teatral “A decisão”.
Por que dizer NÃO






O bispo Marcello Brayner, responsável pelo FJU no Brasil, esteve presente e ressaltou a importância de conscientizar os jovens sobre os perigos escondidos no consumo de drogas e os malefícios que elas trazem não só ao usuário, mas também a toda a sua família.
Para o pastor Edison Costa, líder do trabalho evangelístico da Universal no Ceará, todos os dias temos de fazer escolhas. “Muitos jovens sofrem nos vícios exatamente por terem feito a má escolha de dizer sim para as drogas. Aprender a dizer não a elas é indispensável.”
O líder do FJU no Ceará, pastor Diego Alexandre, relata que são constantes os atendimentos a jovens que querem ajuda para sair das drogas e não sabem como. “Muitos deles entraram no submundo das drogas por acharem que era uma maneira de se destacar. O maior desafio é mostrar tanto para os jovens que já estão nos vícios como para aqueles que não estão, que com uma vida sem drogas é possível sim mostrar todo seu valor e potencial”, destacou.
Ela um dia disse sim






A jovem Thaís Costa, de 21 anos, afirma que sua vida teve uma reviravolta no momento em que disse sim às drogas. “Aos 16 anos de idade me juntei a pessoas erradas na escola em que estudava. Elas usavam drogas, envolviam-se com a prostituição e armas. Até comprei algumas armas e comecei a alugá-las, como se eu não estivesse fazendo nada de errado”, relembra ela.
Mas o momento que marcaria a vida de Thaís para sempre aconteceu quando ela decidiu participar de um assalto. “Certo dia, um dos integrantes do grupo chegou com a informação de que uma senhora iria sacar uma quantia muito alta no banco e resolvemos ir assaltá-la. Esse foi o pior dia da minha vida. O segurança de uma loja viu a tentativa de assalto e atirou em nossa direção. Um tiro acertou o peito do rapaz que estava comigo, mas ele conseguiu fugir. Outro tiro me acertou e a bala alojou-se na minha coluna. Perdi os movimentos das pernas.”
Thaís conseguiu escapar de ser presa naquele dia, mas ficou em uma cadeira de rodas. Porém, aquilo não foi suficiente para fazê-la sair da criminalidade. Ela passou a liderar um grupo de meninas que se reuniam para fazer farras. Alugavam casas de praia nos finais de semana, promoviam bailes e luais, marcavam encontros nos shoppings.
Porém, num desses dias de farra, a jovem parou para pensar sobre a vida que estava levando. “Em uma casa de praia, onde todos estavam usando drogas, refleti sobre a minha vida e senti nojo daquilo que estava fazendo. Vi que nada ali me trazia felicidade. Foi aí que me afastei do grupo, passando dias isolada dentro de casa. Um amigo que fazia parte de outro grupo passou a participar do FJU e sempre me convidava. Aceitei o convite depois de muita insistência. Na primeira vez que fui a uma reunião do FJU gostei muito de ver aqueles jovens com bastante disposição, alegres, divertidos, brincalhões, e fazendo tudo aquilo conscientes, sem ter quer usar drogas. E o melhor foi ver que toda aquela alegria não era momentânea. Disse pra mim mesma que era ali que eu queria ficar, que era a alegria daqueles jovens que eu queria sentir.”
E é exatamente essa alegria que Thaís sente hoje, após entregar sua vida a Deus. “O Senhor Jesus tem me transformado. Hoje, meu modo de pensar é outro. Tenho atitudes totalmente diferentes e dou mais valor à vida.”
Presente no evento em Fortaleza, a jovem, que está paraplégica, falou sobre o futuro: “Tenho fé que meus dias nessa cadeira de rodas estão contados. E quando isso acontecer, continuarei nos caminhos de Deus e vou servi-Lo ainda melhor. E para os jovens que pensam em usar drogas, meu conselho é recuse, saia de perto de quem lhe oferece. Aprenda a dizer NÃO.”

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