Em vez de flores, palavras de incentivo. Foi assim que 130 mil mulheres de todo o Brasil comemoraram o Dia Internacional da Mulher na Universal
No último dia 8 de março, Kátia era apenas uma das 130 mil mulheres de todas as idades que se reuniram em dezenas de templos da Universal espalhados pelo Brasil para celebrar a Festa do Purim. Transmitido ao vivo do Rio de Janeiro, o evento relembrou a história e os ensinamentos da rainha Ester e contou com as palestrantes Fátima Matos, Núbia Siqueira e Elizabeth Marques. Nada mais apropriado para festejar o Dia Internacional da Mulher. A data serviu para destacar às participantes o valor que elas têm na família, no trabalho e na sociedade.
Confiança
A fé na Palavra de Deus, o poder da decisão e a coragem foram alguns dos destaques da palestra. “A rainha Ester não se comparou a outras mulheres. Ela se destacou porque confiava em Deus, essa era a diferença dela, por isso foi capaz de ir ao rei na hora certa e livrar os judeus do extermínio. Ela soube usar o que ela tinha de melhor”, afirmou Elizabeth Marques.
Núbia Siqueira estava feliz por falar com milhares de mulheres. “Muitas vezes passamos por momentos complicados, chega a ser difícil viver essa confiança em Deus quando tudo parece dar errado. Mas é preciso perseverar. Deus não age de modo convencional, Ele nos surpreende”, disse Núbia.
Para Fátima Matos, o mais importante é saber vivenciar a Palavra de Deus no dia a dia. “A vida com Deus deve estar dentro de você. Muita gente se culpa pelas próprias atitudes, mas continua teimando, insistindo nos mesmos erros. Aí, fica com a consciência pesada e quer compensar. Isso não adianta. O importante é decidir ser diferente e tomar atitudes diferentes, nossas decisões constroem a nossa história”, ponderou.
Quando se casou com Anderson, há 5 anos, Kátia já sabia que o marido tinha uma filha. O que ela não imaginava é que a menina pudesse despertar sentimentos controversos. “Éramos recém-casados e a cada 15 dias eu precisava dividir a atenção do meu marido com a Beatriz, a filha dele. Não estava preparada”, relembra.
Os conflitos de Kátia ficaram ainda piores há 1 ano, quando Beatriz, já adolescente, foi morar com o casal. “Tive de me adaptar a uma jovem com hábitos diferentes dos meus. No início, eu a recebi como se fosse minha filha, queria que ela fosse igual a mim. Sofri muito”, diz Kátia. As coisas começaram a mudar quando ela passou a frequentar reuniões do Godllywood, grupo que incentiva mulheres a dar uma guinada nas próprias vidas. Durante conversas com orientadoras do grupo, Kátia percebeu que não precisava assumir papéis que não eram dela.
Da história da rainha Ester, a assistente social aprendeu a não se deixar levar pelo desespero e ainda compreendeu seu lugar na vida da enteada de 15 anos. “Hoje, sei que posso ser amiga e dar conselhos para a Beatriz, mas não posso substituir a mãe dela. Aprendi a dividir a atenção do meu marido e a respeitar a forma que ele encontrou de ser pai”, conclui.
Outra mulher que comemorou conquistas durante a Festa do Purim foi a administradora de empresas Giselle Rocha Lisboa Macedo (foto ao lado), de 30 anos. Casada desde 2009, Giselle enfrentou a incompatibilidade de ideias com o marido. “Ele não tinha a mesma fé que eu. Nós não nos entendíamos. Eu fazia questão de retrucar tudo o que ele falava, discutia, aquilo me corroía por dentro. Tudo era motivo para eu encontrar problemas nele. Nossa vida era um inferno”, revela.
Por causa das discussões e do nervosismo, Giselle engordou quase 30 quilos. Foi só com a ajuda do grupo Godllywood que ela percebeu que estava direcionando suas energias para o lugar errado. “Tudo começou a mudar quando comecei a focar em mim. Primeiro, fui fazer a minha parte, resolver minhas questões. A partir dali, não peguei mais no pé dele e as mudanças foram acontecendo naturalmente”, diz Giselle, acrescentando que o marido decidiu se batizar na Universal após um afastamento de 10 anos. Ela já conseguiu perder os quilinhos a mais e comemora com o marido a superação das diferenças.
“Às vezes, a guerra se instala por causa de uma palavra mal colocada. Precisamos aprender a usar a nossa língua. A rainha Ester soube se calar, decidir e falar quando necessário. Assim, conseguiu ser ouvida”, destacou Núbia Siqueira. “Se o alvo é Jesus, então por que colocar em risco o seu alvo por causa de um sentimento ou ação errada?”, questionou Fátima Matos às participantes da Festa do Purim.
Diante do culto ao corpo em vigor em nossa sociedade, como fugir dos tratamentos estéticos agressivos e ainda se destacar em meio a milhões de mulheres? Para Fátima Matos, o segredo está em valorizar a beleza interior que cada mulher tem: “Sensualidade, por si só, cansa. Ester tinha doçura, pureza, simplicidade, era bem resolvida, segura de si, tinha algo mais além da beleza física.” Todas as palestrantes concordaram em um ponto: para se destacar, a mulher não deve se comparar a outras ou travar uma corrida pela pele perfeita.
Para Rose Edington, coordenadora da Festa do Purim na Universal de Santo Amaro, em São Paulo, as mulheres não devem perder tempo. “O momento para definir sua vida é agora, não espere. Você pode rever as atitudes que não lhe agradam e começar a mudar hoje. Basta agir com determinação e confiança em Deus”, concluiu a organizadora, que recebeu 7 mil mulheres no templo localizado à Avenida João Dias, na zona sul da capital paulista.
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