sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Universal aquece almas no congelado Leste Europeu

Conheça o trabalho da Igreja na Ucrânia e as dificuldades encontradas









A reunião é interrompida de forma brusca por dezenas de homens armados. Gritos e ameaças invadem todos os cantos do salão. Ali dentro, os fiéis se aglomeram atordoados, sem entender o que está acontecendo. É noite de sexta-feira e, após uma semana intensa de trabalho, o pastor Gilcimar Taborda coordena  um encontro da Universal em Moscou, na Rússia.
Ninguém entra e ninguém sai.
Demora alguns momentos até que todos se deem conta de que os invasores não deveriam estar ali oferecendo empurrões e palavrões, mas sim protegendo as pessoas. São policiais que, sem a menor vontade de se comunicar, arrancam os passaportes e documentos de identidade de todos os presentes.
Depois das tentativas frustradas de manter uma conversa, mesmo sabendo que as revistas ostensivas daqueles homens não resultarão em crime algum encontrado, o pastor Gilcimar sente o medo se apoderar de seu corpo, e ora a Deus, esperando que mais uma vez Ele o salve.
O pastor está do outro lado do mundo, bem distante do país em que nasceu, mal fala o idioma que agora o cerca e conhece a intolerância há muito tempo.
Ucrânia
Anos depois da desagradável experiência russa, Gilcimar ainda luta contra a discriminação no Leste Europeu. O fato de os policiais não terem encontrado nada de irregular na igreja naquele dia, após denúncias anônimas que receberam, não diminuiu o preconceito da vizinhança.
Em parte, isso se deve pelo instinto natural que o homem tem de se proteger quando um desconhecido se aproxima. Grande responsabilidade, entretanto, é das igrejas evangélicas que apareceram por ali antes da Universal.
“Devido a algumas práticas de outras igrejas evangélicas, sofremos o preconceito das pessoas”, lamenta Gilcimar.
Ucrânia, onde o pastor evangeliza há cerca de 2 anos, tem a maior parte de sua população ortodoxa (83,7%) e católica apostólica (10,2%). Apenas 2,2% da população é evangélica, o que faz com que algumas pessoas enxerguem outras igrejas como seitas.
Ainda assim, a perseverança dos membros da Universal faz com que ela cresça cada vez mais. Presente há 7 anos no país, já possui três templos e um centro de evangelização.
“O nosso sacrifício diário se transforma em prazer quando vemos que uma pessoa que era rejeitada pela sociedade se entrega ao Senhor Jesus e a vida dela se transforma por completo.”
Vidas transformadas
Se nem o frio de 35 graus negativos impede que a Universal saia às ruas para evangelizar, por que o idioma o faria? Na Ucrânia fala-se o ucraniano e o russo. Mas, mesmo que os missionários da Universal cheguem ao país sem entender uma palavra do que é dito, a linguagem de Deus fala mais alto. E a missão segue.
Kirilo Rijek sabe disso.
Assim como dezenas de ucranianos filhos da Guerra Civil, netos da Segunda Guerra Mundial, Rijek se perdeu entre vícios e comportamentos impróprios. Grande parte das crianças perdeu seus pais ou foi abandonada. Rijek cresceu com sua família, mas isso não foi o suficiente para mantê-lo longe de problemas.
“Eu não tinha outra escolha: ou me juntava aos bandidos e me tornava um deles, ou eu teria brigas constantes com eles. Foi então que eu escolhi a primeira opção”, lembra o rapaz.
Rijek tinha 13 anos e nenhuma atenção dos pais quando se envolveu com as drogas. Fumava maconha 5 vezes por dia – quando não mais – e, por 5 anos, esteve envolvido com más companhias.
“Depois de um tempo, me envolvi com o mundo do crime. Muitas vezes fugia da polícia e constantemente me mudava para casa de parentes diferentes. Ninguém me compreendia e, por isso, eu piorava dia após dia. Odiava pessoas, odiava meus parentes. Quando alguém passava por mim eu já odiava.”
Mas o rapaz sofria muito com aquela situação e, muitas vezes, tentou se matar. Isso sem contar todas as overdoses que o deixaram a muito pouco do fim da vida.
Desesperada com os próprios problemas, somados aos problemas do filho, a mãe de Rijek também tentou se matar.
“Um dia minha mãe estava com pensamentos de suicídio. Nessa altura ela já tinha ouvido falar do Centro de Ajuda Espiritual, mas não tinha forças para ir. Foi então que ela me pediu para acompanhá-la. Embora eu soubesse que precisava de ajuda, fui só por causa dela. Ao chegar, fui muito bem recebido pelos pastores. Eles me atenderam e oraram por mim. Já no primeiro dia senti uma melhora muito grande.”
Bastaram 2 meses para ele parar de beber, fumar, afastar-se das más companhias e se livrar da depressão. A orientação dada pela Universal salvou a vida de Rijek e da mãe dele.
Não há nada mais gratificante
Quando perguntado sobre os motivos de sair do Brasil e enfrentar tantas dificuldades, o pastor Gilcimar não titubeia: “Não importa o lugar, o clima, muito menos as condições, as dificuldades ou os desafios. A vida do pastor da Universal é totalmente para servir aos desesperados. Não há nada neste mundo mais gratificante do que servir a Deus no Altar da Universal e ser usado por Ele para levar a Salvação às pessoas aflitas e necessitadas.”

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