quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Apoio Universal aos detentos

O trabalho em favor dos encarcerados se estende para todo o mundo, inclusive à África do Sul



Dados coletados recentemente pelo Itamaraty apontam que existem 3.078 brasileiros detidos no exterior sob acusações diversas, que variam de acordo com cada país e continente. 
Na África, por exemplo, os brasileiros acusados estão em processo de julgamento por narcotráfico e aliciamento de menores. 
Nesse mesmo continente, um trabalho evangelístico da Igreja Universal é feito com as pessoas encarceradas, assim como acontece também no Brasil. Porém, quem pensa que o apoio é dado apenas aos detentos brasileiros se engana, pois todos são beneficiados pelas ações sociais e espirituais promovidas pelos voluntários, que se dedicam ao próximo sem fazer qualquer distinção. 
Recentemente, o grupo de apoio aos presidiários da Universal de Johanesburgo, em parceria com o sistema de Serviços Penitenciários local, realizou a segunda exposição anual sobre seus trabalhos em favor dos encarcerados da África do Sul e de seus familiares, que aconteceu no Cenáculo Principal do Espírito Santo. 

Durante o encontro, além da exposição do material distribuído dentro das unidades prisionais pelos integrantes do grupo, o diretor de Assistência Espiritual do Departamento de Serviços Correcionais, reverendo Hennie Humano, discursou sobre a importância do voluntário que presta esse tipo de apoio. “O nosso papel é ajudar os infratores a olhar para dentro de si, descobrir o seu próprio valor e mudar de comportamento. Queremos também que eles restaurem as relações com suas famílias, vítimas e suas comunidades, se reconciliando e se reintegrando à sociedade.” 
Por semana, cerca de 2,3 mil presos recebem a visita de voluntários da Universal, que há anos trabalha na ressocialização dos infratores que se encontram em 19 unidades prisionais de toda a África do Sul, incentivando-os a se aproximar daqueles que têm prejudicado e a pedir desculpas pelos crimes cometidos.  

Os conselhos se estendem também às mulheres que cumprem pena. Elas contam com literaturas específicas, a exemplo do livro “A Mulher V”, de Cristiane Cardoso, que contém uma linguagem direcionada ao público feminino. Esposas de pastores também esclarecem dúvidas por meio de cartas às presidiárias de todo o país. De acordo com o pastor Wessel Sibeko, que é coordenador do trabalho de evangelização em presídios, são de 600 a 700 correspondências escritas por mês, que requerem muita dedicação das voluntárias. 



“É importante pregar o Evangelho nas prisões e dar esperança aos que enfrentam anos atrás das grades; ensinar-lhes sobre Deus. Nós os ensinamos que, quando os visitamos, não oramos para que saiam da prisão, mas para que eles tenham um encontro com Deus, que irá mudar suas vidas. Nós também os incentivamos a usar a fé e a pedir ao Senhor Jesus para ajudá-los a sair da situação em que se encontram. Muitos decidem se batizar e deixam a vida errada”, explicou o pastor Wessel. 
Os familiares dos encarcerados também são lembrados pelo “Prision Ministery” (nome em inglês do grupo de presídios). Membros, obreiros e pastores treinados realizam reuniões regulares para oferecer aconselhamento aos entes queridos, preparando-os para receber os familiares assim que saírem da prisão. 
“A Universal acredita que todos merecem uma segunda chance. Aí entra o nosso trabalho, para ajudar os criminosos a mudar de vida e também oferecer apoio à família de cada um”, conclui o pastor. 
Vida transformada na prisão 
Um dos frutos dessa dedicação ao próximo que acontece na África do Sul é a mudança de vida de Sabelo Tshabalala (foto). Ele conta que, em 1996, foi condenado a 21 anos de prisão por roubo de carro. 
Enquanto esteve preso, conheceu o trabalho do grupo da Universal. Daquele momento em diante, Sabelo decidiu deixar definitivamente o passado para trás e seguir em novidade de vida com o Senhor Jesus. “Mesmo tendo me entregado a Deus, eu continuei preso, mas fiz uma promessa, que se Deus me tirasse de lá, eu nunca mais seria o mesmo, mas viveria uma vida fiel a Ele”, conta. 
Três anos depois da conversão, Sabelo teve a pena reduzida e foi liberado do cárcere. Era a hora de cumprir a promessa. “Eu saí da prisão, fui à igreja e nunca mais olhei para trás, para minha vida errada.” 
Ao sair, o ex-presidiário só queria recomeçar, longe da criminalidade. Entretanto, o que está escrito em Efésios 3:20 se realizou na vida dele e o surpreendeu: “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.” 
“Eu arrumei um emprego e conheci minha esposa, Theresa. Deus me abençoou tanto que comprei a casa dos meus sonhos, tenho carros, sucesso financeiro e profissional. Posso dizer que vi o poder de Deus na minha vida”, finaliza.

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