quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O valor espiritual que toda mulher precisa

A “Festa dos Tabernáculos”, realizada no último dia 19, reuniu mulheres de todas as idades para celebrar a superação dos momentos difíceis na presença de Deus, como aconteceu com o povo de Israel no período de peregrinação no deserto



As cores tomaram conta da Universal da Avenida João Dias, na capital paulista, na tarde do último sábado (19), e anunciavam que algo especial estava para acontecer. A cada instante, mulheres de todas as idades chegavam com diferentes trajes de época, típicos dos tempos mais antigos. Cabelos bem arrumados, adorno na testa e vestimentas preparadas com toda a dedicação e cuidado revelavam que aquela não era uma data comum. 
O dia especial foi de comemoração e agradecimento em mais uma edição da “Festa dos Tabernáculos”, evento que é tradicional no calendário judaico e foi realizado pelo grupo Godllywood. Todas estavam unidas com um nobre propósito: celebrar a Palavra de Deus com muita dança, alegria e gratidão. 
Os ponteiros do relógio já passavam das 18 horas quando uma contagem regressiva projetada em um grande telão chamou atenção das participantes, que lotaram o salão. A felicidade transbordava nos aplausos e nos gritos de clamor logo no primeiro momento da festa, transmitida ao vivo, por videoconferência, para todas as sedes estaduais da Igreja no País e também pela TV Universal, para todo o mundo. Com apresentação deCristiane Cardoso, o evento contou também com a presença da escritora Ester Bezerra, Fátima Matos, representante do Godllywood no Brasil, Danielle Carotti e Heidi Morais. 

No altar, o cenário ficou por conta da representação do deserto, composto por dunas, camelos e por uma cabana típica (foto acima), retratados em uma grande projeção. Ao dar as boas-vindas, a apresentadora Cristiane Cardoso falou sobre a importância da festa: “Antes de começar, vou explicar um pouquinho o que é essa festa. Ela começou como uma ordenança de Deus para o povo de Israel. Para que lembrassem que Deus não deixou faltar nada.” 
A palavra “tabernáculo” significa cabana ou habitação que pode ser montada e desmontada facilmente.  O povo de Israel viveu nesse tipo de habitação durante a peregrinação pelo deserto, antes da conquista da Terra Prometida. As cabanas eram frágeis, feitas de galhos e folhas. O deserto era árido e as dificuldades existiram na vida daquele povo. Mesmo assim, diante de tamanha fragilidade, eles viveram 40 anos no deserto sob a proteção de Deus. Durante os tempos difíceis, não lhes faltou nada, e esse foi o grande motivo do agradecimento celebrado nessa festa tradicional. 
O deserto de cada um
Cristiane lembrou que ninguém está livre dos momentos “áridos” e difíceis ao longo da vida. “Quantas pessoas estão passando por dificuldades e desistem da fé? Tudo o que Deus faz na vida da gente tem um propósito.” Tão importante quanto saber enfrentar as dificuldades é acreditar na força de Deus.

Da mesma forma como o povo de Israel precisou viver no deserto para alcançar a Terra Santa, todos precisam passar pelos próprios desertos para atingir grandes conquistas. “Ninguém gosta de ir para o deserto, mas todas nós passamos por lá. Que ele sirva como um alento, para que você consiga ver até onde pode chegar”, ressaltou Ester Bezerra. 
Se você está passando por um momento difícil em sua vida, acredite que os obstáculos surgem sempre por alguma razão. “Se você se encontra nessa situação, no deserto, como o povo de Israel, entregue tudo de uma vez para Deus e confie”, afirmou Cristiane. “O deserto tem o propósito para que Deus venha a moldá-la segundo Sua vontade”, reforçou Fátima Matos. 
Os momentos difíceis surgem para nos lembrar de que nem sempre as coisas acontecem como a gente quer ou planeja. “Deus não trabalha de acordo com as nossas vontades. Os planos dEle são maiores do que os nossos problemas.”, completou Cristiane. 
O próprio Altar
Muitas vezes, as dificuldades aparecem quando a gente menos espera. Foi assim que aconteceu com Heidi Morais (foto abaixo, à esquerda), que contou para todas sobre o seu próprio deserto. 
Ela tinha realizado o grande sonho de se casar com um pastor e foi morar com ele fora do Brasil. Mas nem tudo saiu como ela havia planejado.  “No meu primeiro mês de casamento, o meu marido falou em separação. Gradativamente ele mudou seu comportamento, chegando a me agredir fisicamente. Foi um casamento de muitas humilhações e, quando acabou, eu estava destroçada.” Heidi já havia sido rejeitada pela mãe na juventude e a rejeição do marido foi mais um golpe doloroso.

Sem conseguir encontrar uma saída para aquela situação, morando em um país estranho, na hora do desespero, Heidi falou com a única Pessoa que podia ouvi-la: Deus. “Depois daquela oração, minha maneira de enxergar as coisas mudou. Antes, eu só via as dificuldades, a humilhação. Sentia-me rejeitada. A partir de então, eu entendi o que Deus poderia fazer por meio da minha vida e comecei a ver as oportunidades.” Ela não desistiu da fé em nenhum momento. Após passar pelo deserto, Heidi garante que enfrentaria tudo de novo. “Eu estava disposta a enfrentar o que fosse preciso para ter o que tenho hoje. Isso não tem preço que pague. Nenhum casamento ou condição social poderia me dar.” 
Hoje, Heidi compreendeu que não precisa estar no Altar para ser o próprio Altar. E quando a pessoa se entrega por completo, nenhuma situação é capaz de vencê-la ou deixá-la desanimada. 
O exemplo dela e a palavra de fé transmitida naquela tarde alcançaram o coração de todas as mulheres que estavam ali reunidas. 
Depois do testemunho e do exemplo de superação de Heidi, era a hora de celebrar. O grupo de dança do Godllywood foi chamado para a apresentação da coreografia preparada especialmente para a festa. O momento, que era bastante esperado, animou ainda mais o salão principal do templo. Todas as participantes foram convocadas para dançar e foi possível perceber a alegria e a gratidão em todas elas.

Mas a “Festa dos Tabernáculos” não se resumiu a vestimentas de época e danças. Ela foi muito mais além. “A festa foi muito espiritual. As pessoas precisam de um incentivo para usar essa fé. A proposta é dar esse valor espiritual. Toda mulher precisa disso”, afirmou Cristiane ao final do evento. “Estou feliz. Essa foi a primeira ‘Festa dos Tabernáculos’ que aconteceu dentro da Universal, aberta a todas as mulheres. Uma coisa inédita, já que as outras foram para o grupo Godllywood. É importante esse momento de celebração. A mulher tem um valor, tem uma influência. Imagina quando você reúne tantas assim?”
O evento contou com a participação de 25 mil mulheres em todo o estado de São Paulo e 95 mil em todo o Brasil. Todas elas voltaram para casa certas de que a festa valeu a pena. Convictas a respeito de que os ensinamentos da noite devem ser compartilhados com outras mulheres, homens e famílias.


Nos estávamos lá



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