sexta-feira, 18 de julho de 2014

Dia das Mães especial em Ribeirão Preto

Universal visita penitenciária e leva esperança e conforto a familiares e presos














Este ano o Dia das Mães foi diferente dentro da Penitenciária II de Serra Azul, em Ribeirão Preto. Embora pudessem estar aproveitando o domingo com seus familiares, os voluntários da Universal escolheram levar esperança e conforto às mães que precisaram visitar seus filhos no presídio.
O evento foi uma surpresa organizada pelo Grupo do Presídio, que realiza trabalhos em várias penitenciárias da cidade semanalmente. Acompanhados pelo pastor Saulo Rodrigues, os voluntários ofereceram um café da manhã aos familiares visitantes, muitos dos quais haviam chegado de outras cidades.
Ânimo e esperança foram dados aos familiares por meio da oração realizara pelo pastor Saulo, reforçando a mensagem de que jamais devem desistir dos filhos que estão pagando por seus erros. Assim como Jesus esclareceu, haverá maior júbilo pela recuperação de uma ovelha que se desgarrou e conseguiu retornar a seu pastor do que por 99 ovelhas que não se perderam.
“Este trabalho é muito importante porque, por mais simples que pareça, sabemos a necessidade de cada mãe que esteve presente”, declarou o pastor Saulo. “Conversando com elas, observamos o sofrimento por verem seus filhos nesta situação. E nada é melhor do que pessoas dispostas a dar carinho e apoio para elas em um momento como esse”.
A Universal realiza ações dentro de presídios há mais de 30 anos, levando a Palavra de Deus e a quem busca  uma nova vida. Frequentemente são realizadas doações de alimentos, kits de higiene, Bíblias e livros, além de serviços de saúde e bem-estar. Atualmente, a Universal está presente em cerca de 350 presídios brasileiros e contra com quase 7 mil voluntários nesse trabalho.








Aos finais de semana, a rotina de muitas mães é a mesma; visitar o filho internado na Fundação Casa. Certamente, não foi o que elas planejaram para o futuro deles, mas muitas vezes, estar ali é o sinal de uma nova chance. Quantas mães, que perderam os filhos para o tráfico e a criminalidade, queriam ter a oportunidade de poder vê-los com vida, mesmo sendo atrás das grades.
Para alguns, a visita é um ponto de contato com o mundo lá fora, distante dos muros da construção antiga da Fundação. Para outros, revê-los é aumentar a dor da ferida que continua aberta. E isso é visto em cada olhar, no coração apertado de uma mãe que não sabe quando vai poder cobrir o filho novamente na cama quentinha... Esse foi o desabafo de uma mãe que prefere não se identificar; “Eu peço para não fecharem o portão, porque ele ainda não chegou ... aí, eu lembro que ele não tá mais com a gente”. Outra mãe não esconde a dor em dizer que os cuidados que oferecia ao filho na infância eram bem diferentes dos que ele recebe hoje internado – “tava com febre dava um remedinho, quando se machucava, ganhava um beijo e tudo passava ... E agora, quem cuida dele?”
Na maioria dos casos, essas mães não têm culpa de ter os filhos internados. Eles, influenciados por outras pessoas, trilharam o caminho sombrio do crime, mas são elas que pagam o preço, diga-se de passagem, alto demais.
Na longa fila de mães, uma gestante que concorda com a revista policial –procedimento feito aos visitantes para constatar se não trazem objetos proibidos aos presos - mas se sente humilhada ao ser expor com outras mães.
Para uma parte da sociedade, esses menores infratores não têm mais jeito.


E é na contramão que o grupo de Evangelização da Igreja Universal do Reino de Deus aposta na recuperação desses adolescentes. Os voluntários abrem mão do descanso do final de semana para confortar essas famílias. “Passeio” esse que não tem preço e já faz parte da rotina.
No último sábado, além de oferecer roupas e calçados às famílias, o grupo distribuiu marmitex com feijoada na saída das visitas. Motivo de grande alegria, já que o almoço é incerto em algumas dessas casas. Para o pastor Geraldo Vilhena, responsável pelo trabalho de Evangelização na Fundação Casa de São Paulo e os voluntários da IURD, nada mais gratificante do que estar na própria folga ajudando esses lares que não sabem o que é ter paz há muito tempo.


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